sexta-feira

Fora dos Trilhos

Maria Fumaça é vapor barato

Um belíssimo passeio de Maria Fumaça pela serra do norte catarinense revive cenários antigos de montanhas, túneis e cachoeiras. A estação Ferroviária de Rio Negrinho, sede do Museu Dinâmico da Maria Fumaça. Possui um acervo diversificado com oito locomotivas a vapor, vagões antigos e peças em geral relacionadas à história ferroviária no Brasil. Os passeios normais da Maria Fumaça são realizados sempre no segundo sábado de cada mês, com saída prevista para as 10:00h na Estação Ferroviária de Rio Negrinho.

Duas máquinas e seis vagões estão preparados para levar cerca de 270 pessoas. Normalmente os passeios tem em uma média de 150 passageiros. De Rio Negrinho, a Maria Fumaça vai para Rio Natal, uma colônia polonesa, no interior de São Bento do Sul. A paisagem vista das janelas dos vagões é a Mata Atlântica.

Em Rio Natal, um almoço com pratos típicos poloneses . No cardápio, não faltam o pirogue, que é um pastel cozido recheado com requeijão, e o alusque, folhas de repolho cozido recheadas com arroz e carne, além do nhoque de batata doce. Geralmente um grupo folclórico também recebe os visitantes.

Na área rural de Rio Negrinho, encontra-se belas paisagens e até pequenas cachoeiras. No centro da cidade ainda se pode ver a chaminé da extinta industria de Móveis CIMO e de lá ainda pode escutar ao meio-dia o barulho da sirene que avisava os trabalhadores da hora do almoço.

(fonte: Wikipedia)

Há alguns anos, em Antonina, no Litoral Norte do Paraná, Fernando Mattarazzo, o bisneto louco do conde mais rico e famoso da Itália pré-primeira grande guerra, doou para a ABPF/PR uma locomotiva a vapor em bom estado para fazer o trajeto turístico Antonina-Morretes-Antonina. Doou ainda os dormentes para que a ALL pudesse restaurar a linha entre Morretes até o Porto Barão de Teffé. Fernando (louco) Mattarazzo tinha o sonho de ver funcionando a maria-fumaça em Antonina, nem que fosse só da estação até o porto, o que já seria um trajeto sui generis. A ABPF, por sua vez, tinha outra locomotiva a vapor já restaurada e pronta para ser usada. E em 2005 a entidade de preservação ferroviária conseguiu aprovar pela ANTT o passeio turístico do trajeto mencionado, mas com uma pequena locomotiva com motor diesel, que ficou estacionada na frente da estação por algum tempo e foi pintada quase solitariamente pelo Sr. Carlos, então presidente da entidade. Mas devido a dificuldades da própria entidade, a maria-fumaça nunca veio para a cidade.

Hoje, a Aquidaban - Shipping Trading Logistic & Cargo, que trabalha com navegação, e acaba de abrir filial em Antonina, também está pretendendo, sem nenhum custo para a cidade, comprar, restaurar e colocar em funcionamento uma locomotiva a vapor, em complemento a navegação turística feita num navio do tipo Mississipi. O projeto tem o pleno apoio da administração municipal e da empresa Serra do Mar, que faz o passeio de trem pela serra, o mais belo passeio do País.

No entanto, uma proposta mal-entendida de trazer para Antonina uma locomotiva a vapor da ABPF está sendo usada politicamente contra a administração municipal, o que dificulta os entendimentos, acordos e investimentos nos empreendimentos pretendidos. Tratado como uma redenção salvadora ao turismo de Antonina e colocado no alto do pedestal dos benefícios culturais e desenvolvimento da indúistria turística, o trem a vapor vem servindo apenas como balão de ensaio para abalar a credibilidade da administração pública.

Vapor barato, termo designado para pequenos traficantes, o valor cultural e turístico da maria-fumaça não tem o reconhecimento da ABPF, mas serve para desviar o foco de atenção de uma pequena vendetta movida por alguns meliantes contra a secretária de turismo de Antonina. Esta, por sua vez, não vai responder a polemizações criadas para difama-la em blogs feito por amadores da comunicação. Seria como admitir a convivência com os pequenos traficantes (vapor barato) e aceita-los como parceiros numa empreitada ética e de gente grande.

O fim desta história, é bom que se diga, é que os fritadores serão os fritados, coisa aliás, que sempre acontece em Antonina.